domingo, 30 de dezembro de 2012

Saúde & Bem-estar

 




Letícia Akemi / Gazeta do Povo
Letícia Akemi / Gazeta do Povo /
capa

Que venha o sol!


Com bom senso e proteção adequada, é possível evitar os transtornos causados à saúde pelos raios ultravioletas


O calor leva as pessoas para as ruas, multiplica as atividades ao ar livre e aumenta a exposição ao sol. Mas antes de tirar a roupa e aproveitar o período nos parques, praias e piscinas, é preciso escolher a proteção certa. O espectro solar é composto por uma série de radiações e quase todas podem atuar de forma benéfica, quando bem aproveitadas. Entretanto, expor-se de modo inadequado pode acarretar de inconvenientes a sérios problemas para a saúde.
Os raios mais nocivos são os ultravioletas A e B. Os primeiros possuem a mesma intensidade o dia todo e penetram profundamente na derme. São responsáveis pelo cobiçado bronzeado, porém contribuem para o envelhecimento, flacidez e rugas. Já os UVB são fonte de vitamina D e ficam mais intensos nos horários de pico solar. Como atingem camadas superficiais da pele e são os principais causadores do câncer cutâneo, o sol entre 10 e 16 horas deve ser evitado.



Alexandre Mazzo / Gazeta do Povo
Alexandre Mazzo / Gazeta do Povo /


70% da população não usa protetor solar
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, 7 em cada 10 brasileiros não se protegem adequadamente dos raios ultravioletas, principalmente os homens. Não por acaso, o câncer mais frequente no país é o de pele, que corresponde a 25% de todos os tumores diagnosticados, de acordo com o Ministério da Saúde.


Lábios e cabelos também precisam de proteção. Para os primeiros, há produtos específicos, em bastão, e, para os fios, uma boa pedida é utilizar bonés e chapéus. Em ambos, porém, é possível passar o mesmo protetor do rosto. O importante é não se esquecer dessas áreas, principalmente o couro cabeludo, em caso de calvície ou falhas.


80% de toda a radiação que incide em uma pessoa durante a vida acontece até o indivíduo completar 18 anos, devido à frequência com que crianças e jovens ficam ao ar livre. Por este motivo, é fundamental que os pais utilizem cremes, tenham óculos à mão e evitem a incidência solar mais agressiva.


País tropical
O Brasil tem grande parte do território entre o Trópico de Capricórnio e o Equador. Essa área recebe os raios solares com maior intensidade por estar mais próxima do sol. Apesar de se encontrar abaixo dessa zona, a cidade de Curitiba, por situar-se a quase mil metros de altitude, também é atingida por uma quantidade maior de radiação.
Dicas de verão
Siga algumas recomendações dos especialistas e colha apenas o lado bom do verão
• Não leve bebês de até seis meses para tomar sol, eles ainda têm a pele muito sensível.
• Aplique protetor nas crianças antes de vesti-las, para poder espalhá-lo uniformemente.
• Se tomar alguma medi­cação, como anti-inflama­tórios, antibióticos ou an­ticoncepcionais, consulte um médico sobre a possibili­da­­de de haver reação com o sol.
• Adquira peças com proteção solar, que bloqueiam até 98% dos raios ultravioletas.
• Não se esqueça de passar cremes protetores na nuca e nas orelhas.
• Nos lábios, passe o mesmo filtro do rosto caso não tenha algum específico.
• Ao tomar sol, mude de posição frequentemente e nunca durma.
O bronzeamento é, cientificamente, uma reação contra as radiações solares. Os raios estimulam o organismo a produzir melanina, pigmento natural que reduz a penetração de UVA e UVB. O mecanismo de produção começa a ser ativado nos primeiros dias de exposição ao sol – por isso, no início das férias, é indicado usar fatores de proteção mais elevados.
“Em resumo, o bronzeado é uma defesa acionada pelo organismo após o dano já ter ocorrido”, alerta a dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB) – Regional Paraná, Christine de Campos Graf Guimarães. Assim, a recomendação é tomar apenas a quantidade de sol necessária para a absorção de vitamina D (cerca de 20 minutos por dia) e, no restante do tempo, caprichar no uso de barreiras físicas e químicas.
Segundo a dermatologista, expor-se recorrentemente ao sol faz com que a estrutura natural de reparo do organismo contra os danos causados pela radiação se perca com o passar dos anos. “Bronzear-se é um risco que a pessoa assume; se ela toma essa decisão, deve estar ciente de que está aumentando o risco de desenvolver problemas dermatológicos e câncer de pele”, lembra Christine.
Algumas cútis são privilegiadas, pois bronzeiam facilmente e têm risco menor de desenvolver efeitos colaterais, mas isso não significa que estão livres de sofrê-los. “Em pessoas mais claras, as ‘torradas’ de final de semana favorecem o surgimento de um tipo de câncer chamado melanoma, que é um tumor agressivo”, avisa a dermatologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Marli Maria Freitas.
Segundo o chefe do serviço de dermatologia do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Dolival Lobão, ferimentos causados pelo sol que não cicatrizem em uma semana devem ser avaliados por um especialista, bem como as “pintas” que mudarem de forma e tamanho. Quando diagnosticado e tratado correta e precocemente, o câncer de pele tem quase 100% de chance de cura.

Roupas com filtro estão se popularizando
Uma alternativa aos protetores solares são as roupas com filtro, vendidas em lojas especializadas. “É uma boa opção para crianças, que não gostam de parar o que estão fazendo para reaplicar o creme”, diz a dermatologista Christine de Campos Graf Guimarães, que compra camisetas, bermudas e bonés para os filhos.
Segundo a fabricante UVline, as peças são capazes de filtrar 98% dos raios UV. A proteção é garantida por dois processos diferentes para tecidos sintéticos e de algodão. Os primeiros são confeccionados com fios à base de dióxido de titânio e o segundo recebe um aditivo no tingimento.
As peças são certificadas pela Agência Australiana de Proteção à Radiação e Segurança Nuclear (Arpansa, na sigla em inglês) e não perdem a eficácia com o uso – as instruções de lavagem são as mesmas das roupas comuns.
Para os adultos, há saídas de praia, maiôs chapéus, calças para caminhada e blusas, entre outras peças. Os preços variam conforme o modelo. Uma camiseta de secagem rápida, por exemplo, custa em média R$ 129 (infantil e adulto). Bonés são encontrados a partir de R$ 29. Já o maiô feminino é vendido por R$ 189. As coleções seguem as cores e padrões da moda, como as roupas convencionais.
Serviço
Christine de Campos Graf Guimarães (dermatologista): (41) 3363-3009. Hospital Nossa Senhora das Graças: (41) 3240-6060.
Instituto Nacional de Câncer: (21) 3207-1000.
Loja UVLINE (roupas com proteção solar): (41) 3022-0902.
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBD): (11) 2114-6388.
Sociedade Brasileira de Oftalmologia: (21) 3235-9220.
Produção
Modelo: Luana Vanzella, da Joy Model Management, (41) 3501-8747 e www.joymgmt.com.
Beleza: Raquel Addison (maquiagem) e Alessandra Nobrega (cabelo), do Expert Beauty Center (41) 3042-3454.
Lojas
Walmart (boias), Avenida Comendador Franco, 3.449. ANMA (roupas e acessórios), Rua Dr. Carlos de Carvalho 655. Silvia Fregonese (roupas), Av. Nossa Senhora da Luz, 1.414.
Agradecimentos
Clube Curitibano (locação), Av. Presidente Getúlio Vargas, 2.857, Água Verde, (41) 3014-1919.
Fonte:Gazeta do Povo

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