Walter Alves/ Gazeta do Povo
André Dida acompanha exercício com Melissa Manzoni, que
pratica muay thai há quatro anos: corpo modelado e raiva descarregada
Mulheres no tatame
Com alto gasto calórico e eficiente para tonificar abdome,
glúteo e pernas, o muay thai vira febre entre o público feminino
“A história de a menina fazer balé e o homem fazer judô mudou”, afirma a
professora de lutas marciais do curso de Educação Física da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Keith Sato. Segundo ela, a entrada
massiva das mulheres nesse meio começou há cerca de dez anos, mas o interesse
por certas modalidades aumentou com o sucesso midiático do MMA (Mixed Martial
Arts), que envolve golpes de diversas categorias, incluindo o muay thai.
Ficha técnica
Confira o quanto queima uma aula de muay thai e quais partes do corpo
são trabalhadas
• Gasto calórico médio: 500 kcal por aula
• Musculatura trabalhada: abdome, glúteo, pernas e braços
• Investimento médio: R$ 80 (mensalidade)
• Duração: uma hora
• Frequência recomendada: duas vezes por semana
• Resultados: a partir de um mês
• Restrições: pessoas com insuficiência cardíaca, hepática e renal; doenças
ortopédicas e reumáticas
Milenar
O muay thai é uma arte marcial milenar da Tailândia, onde é tão popular
quanto o futebol no Brasil. Sua origem é controversa, mas acredita-se que tenha
descendido do kung fu chinês. Também é conhecida como “arte das oito armas” por
utilizar os dois punhos, cotovelos, joelhos e pés.
Nas academias especializadas ou nas grandes redes de ginástica, as aulas têm
início com um aquecimento aeróbico e seguem com exercícios de flexibilidade e
força (no saco de pancadas ou colchonetes). Os alunos aprendem técnicas de
ataque e defesa e, ao final, os voluntários participam de uma luta, que não é
obrigatória. As turmas costumam ser mistas, mas nos confrontos os participantes
são separados por sexo.
Pesquisas recentes apontam um gasto calórico médio de 500 kcal por treino.
Além de ajudar no emagrecimento, o muay thai tonifica os músculos, com
resultados visíveis já no primeiro mês de atividade. “Nesse período também dá
para perceber uma melhora na qualidade do sono e redução do estresse”, garante a
professora.
Os riscos de lesão são pequenos quando a aula é ministrada por um
profissional. “Nem todos podem trabalhar no dia seguinte com um hematoma
aparente”, garante o instrutor da Academia Gustavo Borges André Dida, que treina
os astros de MMA Wanderlei Silva e Shogun. Os equipamentos de proteção incluem
bandagens, luvas, caneleira e protetor de seios.
Diferentemente de uma aula tradicional de ginástica, o muay thai tem um
processo de aprendizagem com quatorze níveis. As graduações são sinalizadas por
uma faixa, o prajied, amarrada ao braço do praticante – vai do branco, para
iniciantes, ao prata, para os mestres. A evolução é verificada em testes,
realizados a cada três ou quatro meses.
“A mudança de faixa serve como uma motivação extra”, afirma Dida. Segundo
ele, muitas mulheres começam somente com o objetivo de se condicionar e acabam
se envolvendo mais seriamente com o esporte. “É uma aula que une o útil ao
agradável, pois além de modelar o corpo permite que você descarregue sua raiva e
saia do treino renovada”, conta Melissa Manzoni, que pratica muay thai há quatro
anos e é faixa azul.
Fonte:Gazeta do Povo
Fonte:Gazeta do Povo
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